segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Saudades do Orelhão

Orelhão, apelido carinhoso dado ao protetor para telefones públicos, que oficialmente se chama TUP (Terminal de Uso Público), o apelido talvez seja oriundo de uma pequena semelhança com o ouvido humano, e por ele pacientemente escutar conversas dos mais variados assuntos, e saber tudo sobre completos estranhos. Estranhos estes que antes de ganharem um celular, depositavam alegremente suas fichas (no início) e cartões (conforme a tecnologia avançou) para telefonar.
Mas essa maravilha só veio ao mundo graças a arquiteta e chefe de Engenharia da CTB, CHU MING SILVEIRA, que para resolver o problema das caras cabines que ocupavam muito espaço, projetou o Orelhão, que tem sua forma inspirada na forma de um Ovo. Então, em 1972 as cabines começaram uma história de amor com a população brasileira.
Todo mundo tem sempre uma boa história sobre orelhões para contar, quem nunca ficou com medo de atender um orelhão que tocava ? e todo esse medo para no fim descobri que ou era engano, ou era alguém querendo falar com  alguma pessoa que morava perto do telefone.
Mas infelizmente nossos orelhões estão esquecidos, sucateados, depredados...Eu sei que poucos de nós ainda os usamos, mas custa tratar bem quem nos ouviu por anos? e sem reclamar.
Os Orelhões fazem parte da nossa história, da história de nosso país, não vamos deixar que uma história tão bonita, vire folclore! 


fontes : Wikipédia,Orelhões do Brasil e Google.

domingo, 8 de novembro de 2015

Meu amigo Albert Einstein.


Outro dia estava voltando do trabalho, e vi um cartaz publicitário que mostrava estátuas pichadas e o quão errado isso é, não sei por que mas logo lembrei da estátua de Carlos Drummond de Andrade que é vitima constante de vandalismo ( será que um dia param de arrancar teus óculos Drummond?), irônica, dei um sorrisinho de quem já sabia a resposta e deixei o pesamento voar, quando percebi, minha mente estava me levando novamente ao pátio de minha antiga escola, aonde aprendi a ver Albert Einstein com outros olhos.

Estudei na Escola Municipal Albert Einstein da sexta a oitava série, e o senhor Albert estava lá todos os dias, em forma de estátua é claro, mas estava lá. Ele era como um coadjuvante no meio do grande pátio, estava conosco na hora do hino, nunca se atrasara, nos intervalos observava tímido a correria e na saída parecia nos vigiar olhando sempre fixamente para o portão, as vezes esquecíamos dele, mas ele estava sempre ali.
Um dia ao chegar a escola vi  que todos os alunos estavam enfileirados ouvindo um sermão da Diretora, acontece que em época de poucas câmeras, algum engraçadinho colocou um cigarro na boca de Albert, uma brincadeira de muito mal gosto se levarmos em conta que ele preferiria mesmo um cachimbo, nesse dia ouvimos novamente a história do Gênio, e como é horrível desrespeitar a memória de qualquer pessoa, em algum outro dia,muito sério e arrumado o Senhor Einstein nos surpreendeu ao trajar um chapéu o que não foi visto com maus olhos já que ele ficou muito elegante na ocasião. O fato é que Albert Einstein me fez aprender lições valiosas de como é importante a preservação da memória, mais do que isso, depois de uma longa convivência com a estátua, já não vejo Einstein do mesmo jeito que veria caso estudasse em outro local, ele para mim será sempre o cara com a língua para fora e o cabelo arrepiado, e se quer saber, no dia da formatura antes de ir embora dei um tchau triste aquela estátua, que acompanhou os melhores anos da minha infância.